O ritmo acelerado de crescimento do mercado chinês já mudou o gosto do consumidor local. O que se observa ao dar os primeiros passos nos corredores do Salão de Xangai, que abriu as portas neste sábado (20) à imprensa especializada, é que as montadoras investem cada vez mais em SUVs, crossovers e modelos esportivos, deixando um pouco de lado os sedãs mais baratos e econômicos como o Volkswagen Santana.
Quem ganha a vez nesta edição são modelos como BMW X4, Mercedes-Benz GLA, Citroën DS Wild Rubis, Maserati Ghibli e o local Chery Beta 5 Concept.
O que mudou o gosto do consumidor chinês? Assim como no Brasil, o dinheiro disponível no bolso para comprar automóveis. A classe média aumentou nos últimos anos e enriqueceu.
Sem perder tempo, as montadoras começaram a investir em carros maiores, mais potentes e mais equipados. Assim como Xangai imita as grandes metrópoles norte-americanas, os chineses com dinheiro querem o mesmo glamour dos mercados já consolidados, como Estados Unidos e Europa.
E aqui ninguém está muito preocupado com gasto de gasolina ou poluição.
Mesmo assim, enquanto do lado de fora as pessoas enfrentam o trânsito caótico de uma Xangai de ar seco e poluído, do lado de dentro do salão as montadoras tentam mostram seus carrões com etiquetas de baixa emissão e economia de combustível, além de versões híbridas e elétricas.
No entanto, tais informações passam despercebidas pelos dedos do público, que avaliam o desenho da carroceria e o acabamento dos carros com muito cuidado, mas em busca de status.
O Salão do Automóvel de Xangai fica aberto até o dia 29 deste mês.