A briga entre Toyota Corolla e Honda Civic no Brasil está prestes a completar 20 anos. Tudo começou em 1991, quando o então presidente da república, Fernando Collor abriu as importações de veículos para Brasil. Um ano depois, em 1992, a Honda começou a trazer o Civic, em sua quinta geração. O Civic era vendido nas configurações hatch (DX, LSi, Si, e VTi), sedan (LX e EX), coupé (EX e EXS)(A partir de 1994) e targa (CRX Si e VTi). Havia opção de escolha entre o câmbio manual e o automático (exceto VTi, somente com câmbio manual).
A maioria dos modelos vendidos no Brasil já saiam da concessionária com bastante itens como ar condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, teto solar, air bag duplo e freios a disco nas 4 rodas com ABS. São raros os modelos sem ar condicionado, vidros acionados por manivelas e direção sem assistência hidráulica. Acessórios incluíam faróis de neblina e aerofólio. Vários modelos também desembarcaram no Brasil via importação independente. Entre modelos flagrados encontram-se as versões VX, CX e Si peruano do Hatch e coupés fabricados em 1993. Visualmente o sedan tinha a parte dianteira diferente do Hatch/Coupe. Mudavam parachoque, capô, paralamas e indicadores de direção (setas).
Foi concebido a partir do final de 1995 como modelo 1996 com a missão de suceder a 5a geração, que havia sido um grande sucesso de vendas e público. Com uma carroceria mais imponente e um pouco menos esportiva, os carros da 6a geração eram mais confortáveis, mais espaçosos e com alguns porta-trecos a mais em seu interior. A família perdia, em 1997 o modelo Targa, chamado de CR-X ou Del Sol (dependendo da motorização) mas ganhava a versão jipe, CR-V, com direito a tração integral e motor com farto torque disponível. As versões mais conhecidas, no mercado brasileiro eram: LX-B, LX, EX e VTi. O único Hatch, dentre todas as versões era o VTi, como na geração anterior, um legítimo pocket rocket com 160 cv de origem, molas e amortecedores diferenciados, rodas exclusivas semi-forjadas aro 15, aerofólio traseiro, saias laterais discretas mas com apelo esportivo e ronco diferenciado. Oferecido com o motor B16A2, fazia frente a concorrentes com motores maiores e não menos competitivos como Alfa Romeo 145 Quadrifoglio, Audi A3 1.8 Turbo, Citroën Xsara VTS 2.0 16v etc.
Os Sedans, produzidos no Brasil a partir de 1997, vinham equipados com dois motores: D16Y7 e D16Y8, sendo o primeiro de 106 cv sem o comando varíavel e o segundo, com VTEC, de 127 cv. As diferenças, basicamente, estavam no cabeçote, no coletor de admissão e TBI e no sistema de escapamento. A diferença entre as versões, no que diz respeito a acabamento eram poucas, mas só o EX contava com ABS, rodas de liga aro 14 fabricadas pela Enkei, rádio com disqueteira integrada ao painel (separada do aparelho). A versão básica, LX-B, só esteve disponível em 97 e 98, era um Civic LX sem Ar-Condicionado. No fim das contas, a Honda percebeu que um carro comercializado por R$ 28 mil reais, naquela época, não poderia sair de fábrica sem ar-condicionado e acabou dando um fim a essa versão. Ainda havia uma outra versão, EX Coupe, comercializada entre 96 e 97, quando a Honda resolveu importar de forma oficial algumas poucas unidades. Contas feitas por entusiastas e amadores, dão conta de que pouco menos de 500 carros vieram para o Brasil. O motor adotado era o mesmo dos Sedan EX, D16Y8 de 127 cv. Havia opção de câmbio automático e manual, sendo esta última considerada rara entre os entusiastas e fans do modelo. Em 1998 o VTi deixava de ser importado, sob alegação de baixa procura e alto preço. A título de curiosidade, o Hatch de 160 cv era vendido a cerca de R$ 50 mil, enquanto um Omega CD 4.1 com todos os opcionais chegava aos R$ 48 mil e um Vectra CD 2.0 16v com todos os opcionais também, chegava aos R$ 42 mil.
Depois em 2001 veio a sétima geração,Esse novo modelo do Civic foi lançado no Brasil em 2001 e era vendido na configuração sedan 4 portas com motor 1.7 16V, nas versões LX e EX, sendo a versão intermediária LXL lançada em 2003. Havia opção de escolha entre o câmbio manual de 5 marchas e o automático de 4 marchas. O Civic já vinha com muitos itens de fábrica como ar condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, air bag duplo. Somente a versão EX possuía ABS.
Em 2006 veio a oitava geração, como modelo 2007, o “New Civic”, nas versões LX(para deficientes), com motor 1.8 16V com 125 cv, LXS e EXS, com motor 1.8 16V, com 140 cv, a versão EXS vinha com Cambio automático com “Paddle Shiflt”, com troca de machas no volante e Si, com motor 2.0 16V aspirado com 192 cv e câmbio manual de seis machas.
Em 2007 ganhou motor flex. Maior sucesso entre todos os Civic no Brasil, desbancando o Corolla, que só recuperou a liderança do seguimento com a reestilização, no fim de 1998. Em 2010 o Civic ganhou mais uma versão, a LXL, entre as versões LXS e EXS, ganhou novas rodas e troca de machas no volante.
Em 2011 recebeu o nome de LXL SE e ganhou faróis de neblina, luzes de direção nos retrovisores e sensor de estacionamento de série.
No fim de 2011, a Honda lançou a nona geração, assim encerrando a produção do esportivo Si. Em maio desse ano o Civic voltou a liderar o ranking de vendas, que era do Corolla desde 2009. A verão 20012 não sofreu alterações no motor e as versões são: LXS, LXL e EXS, que ganhou teto solar com opcional. As maior alteração foi na traseira e ganhou um novo sistema para condução econômica, já que o vilão do New Civic era o alto consumo de combustível.
Já o Corolla chegou aqui em 1993, como modelo 1994. Na sua sétima geração, nas versões DX e Wagon, onde a primeira tinha um motor 1,6L 16v e 106cv era notado um acabamento inferior, a seção entre as lanternas traseiras na cor cinza, calotas e a ausência de ABS e Cruise Control. As versões com câmbio automático não possuiam conta giros. Na versão Wagon era adicionado o motor 1,8 e ABS. Os modelos 1,8 tiveram a sua curva de torque priorizada e houve uma diminuição de potência, ficando com os mesmos 106cv da versão 1,6. O teto-solar era disponibilizado como opcional para os modelos LE.
Nos modelos 1996 as versões DX deixaram de ser importadas com a LE empobrecendo em acabamento e a retirada das rodas de liga como item de série, as lanternas traseiras passaram a ter os piscas na cor branca, a grande dianteira teve uma leve reestilização e o teto-solar deixou de ser disponibilizado.
Já em 1998 a versão europeia passou a ser importada, chamada de GLi na versão sedã e XLi na versão perua, com um motor 1,6 16v e 107cv tinha um bom acabamento, mas o ABS deixava de ser oferecido, ficou pouco tempo no mercado, esses modelos apesar de confiáveis e confortáveis, tinham um estilo de gosto duvidoso, o que acabou por ocasionar sua forte desvalorização.
Em 1998 o Corolla passou a ser fabricado em Indaiatuba, interior de São Paulo, nas versões XLi, XEi e SEG, todas com motor 1.8 16V com 116 CV o modelo era parecido com a versão japonesa da época. A XLi básica não tinha ar condicionado nem conta-giros e as maçanetas e retrovisores eram pretos.
Em 2001 houve um pequeno banho de loja onde a grade dianteira recebeu um aplique e uma faixa cromada nos pára-choques. Na parte interna o apoio de pé era adicionado junto aos pedais.
Em meados de 2002 foi lançada a 9° geração com bons equipamentos e fazendo um grande sucesso no público Brasileiro. Em junho de 2007 foi lançado o Corolla Flex, sendo a Toyota uma das últimas marcas a desenvolver o sistema de combustível duplo. O Corolla é considerado um carro muito econômico pelos especialistas, tendo um desempenho médio de 10 km/l(cidade) e 15 km/l(estrada) nas versões XLi, XEi e SE-G; variando de acordo com a localidade e com as versões automáticas, que consomem um pouco mais. Líder do segmento entre 2002 a 2006, o Corolla perdeu essa colocação para o novo Honda Civic, lançado em 2006, e em Abril de 2008 a Toyota reagiu com a nova geração do Corolla. Mantendo um visual sóbrio, ao contrário de seu concorrente direto, o novo veículo apostou em equipamentos internos, tanto que um XEi novo é mais completo que um SE-G 2007 e um Honda Civic EXS (top de linha), custando 10 mil a menos que este. O SE-G novo ganhou um pacote de equipamentos comparável a veículos superiores (e preço também), e o XLi já vem bem equipado. Pensando nos portadores de necessidades especiais, a Toyota disponibiliza sob encomenda o Corolla XLi aut 1.6, que com isenção total de impostos sai por R$ 44.000,00, tornando-se um excelente custo benefício.
Em 2004 veio a versão perua Fielder, como modelo 2005, que durou até 2008, quando veio a reestilização, daí o modelo sail de linha, mas foi sucesso de vendas.
Em 2006 veio a versão “esportiva” chamada de Corolla S. Com o mesmo motor 1.8 16V só teve alterações visuais, ganhou aerofólio traseiro, spoilers, pedais e alavanca de câmbio esportivos(para a versão manual) e rodas exclusivas até então, depois quando veio a versão flex, as a versão S sail de linha e a versão XEi adotou as rodas. A perua Fielder também ganhou a versão S.
Em 2009 ganhou a versão intermediária GLi e em 2010 ganhou motor 2.0 16V com 143/151 cv com gasolina/etanol respectivamente. Então ficaram as versões: XLi e GLi 1.8 16V e XEi e Altis 2.016V. A versão SEG sail de linha.
Em 2011 ao Corolla sofreu leves alterações, sobre tudo na traseira, que ganhou novas lanternas e ganhou LEDs nas versões 2.0.
Em 2012 veio a versão XRS, versão esportiva para preencher o lugar da versão S, que foi sucesso entre 2006 e 2007, mas sem alterações técnicas.