As vendas de veículos 0KM bateram mais um record em agosto de 2012. Entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, foram vendidos 420 mil unidades no mês de agosto, aumento de 15% em relação a julho e 28% de aumento em relação a agosto de 2011. A produção cresceu 10,6% em relação a julho.
Essa alta se deve principalmente ao desconto e a isenção do IPI(imposto para produtos industrializados), que no caso dos carros vai até 31 de outubro. O benefício da isenção do IPI nos carros zero quilômetro e do IOF(imposto sobre operações financeiras) para 1,5% e as promoções e feirões feitos pelas montadoras, as taxas de juros caíram em média 14%.
Muitas pessoas correram para comprar o seu carro 0 KM no final do mês, por conta do que seria os últimos dias de IPI reduzido, que acabaria em 31 de agosto, mas foi prorrogado até 31 de outubro.
As vendas de caminhões deram uma reagida em agosto, depois de sofrer com baixa nas vendas. Com alta de 5,9% frente a julho, mas ainda estão bem aquém dos volumes comercializados no ano passado.
O resultado (11.360 unidades) é 30,9% menor que o oitavo mês de 2011 e, no acumulado dos primeiros oito meses, há queda de 20%. O presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, afirma que a melhora da safra de soja e o reaquecimento do transporte de carros colaboraram para a recuperação do segmento.
Ele tem otimismo em relação às novas medidas para a atividade, entre elas, a redução da taxa de juros (de 5,5% para 2,5% ao ano) da linha PSI-Finame do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). No entanto, essa nova taxa ainda não está valendo. Isso porque falta a regulamentação do banco para que os agentes financeiros (as instituições que operam as linhas do BNDES) comecem a trabalhar com esses juros menores, o que deve levar, pelo menos, 30 dias para ocorrer.
A Fenabrave discute ainda com o governo fórmula para que o transportador que tem caminhão muito antigo – por exemplo, de 20 anos – consiga trocar seu veículo por outro mais novo, para a renovação da frota. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC também tem proposta com esse objetivo, que incluiria um bônus ao caminhoneiro, em parte subsidiado pelo governo, para possibilitar a compra.