Em 1969, um ano após o lançamento do Corcel, a Ford viu que precisava se aproximar do público que sonhava com mais esportividade. A esportividade ficava no sonho mesmo, já que a versão GT era esportiva mais na aparência que no desempenho. Carburador Solex de corpo duplo, válvulas maiores e novos coletores de admissão e escape elevaram a potência do motor 1.3 de 68 para 80 cv, acoplado a um câmbio manual de 4 marchas.
As diferenças do Corcel GT para o cupê normal eram as faixas pretas no capô, grade dianteira, laterais e traseira, teto de vinil, faróis de milha, painel completo e bancos reclináveis. O volante era do Itamaraty, porém com o aro da buzina imitando madeira e inscrição GT. A cor do estofamento variava de acordo com a cor da pintura externa do carro – preto, marrom claro ou vermelho. Rádio com 5 faixas, ventilador, cintos de segurança e pneus com faixa branca eram opcionais.
Com 940 kg, o Corcel GT pesava até mais que a versão sedã de 4 portas. Segundo o teste da revista Quatro Rodas, a velocidade máxima chegou aos 138,5 km/h e o 0 a 100 km/h em 18 segundos. Segundo a reportagem, o Corcel GT fazia 16 km/l de gasolina a 40 km/h.
Para 1971, o capô do GT ganhou um ressalto central com entrada de ar na cor preta. Os faróis de milha passaram a vir integrados à grade, como no Mustang 1969. As faixas laterais ficaram mais curtas e ganharam um ornamento cromado nos para-lamas traseiros, parecendo com uma saída de ar. As lanternas traseiras retangulares lembravam as do Mustang.
Em 1972, ganhou um motor mais potente, com 1.4 litro e 85 cv. Em 1973, ano do lançamento do seu principal concorrente, o Chevrolet Chevette, o Corcel recebeu a sua maior reestilização até então. A frente com faróis mais fundos e a traseira foram redesenhados, assim como as faixas pretas no capô liso e nas laterais e volante em forma de cálice.
No comparativo com Chevette GP e Passat TS, feito pela revista Quatro Rodas em 1976, o Corcel ficou em segundo lugar no quesito aceleração – 0 a 100 km/h em 18,6 segundos e em terceiro no quesito velocidade máxima, 137,9 km/h, números piores que o primeiro Corcel GT de 1969. O Passat TS venceu os 2 principais rivais com folga.
Em 1978, chega o Corcel II GT, sem alterações mecânicas radicais em relação as demais versões. Em 1980, chega a opção de motor 1.6 para as versões mais caras, o Corcel II GT ganha 4 cv de potência em relação as demais versões com motor 1.6. Ainda no começo dos anos 1980, o Corcel GT saiu de linha. A versão GT abriu espaço para o Escort XR3. o Corcel GT foi o carro que inaugurou o seguimento das versões esportivas de veículos comuns no Brasil.
Fotos: Brunelli | Auto Virtual | Século 21 | Pastore | Reprodução/internet